quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mal-humor, TPM ou só chatice mesmo?

Esses dias eu tô que tô. Tô pra ficar longe de tudo, isolada do mundo.

Tudo começou na sexta-feira. Fomos eu e o Fernando visitar um casal de amigos que recentemente se mudou para a nova casa, toda reformada, linda e maravilhosa.

O apartamento ficou incrível, super bonitinho, todo mobiliado fofo, com a cara deles, e com coisas super hight-tech, adega climatizadora de vinhos, taças herdadas da avó judia lá da Jordânia, o máximo!

O encontro com a turma das antigas foi legal! O papo não é exatamente aquele que mais combina comigo, mas sempre me divirto com eles. Só que, de fato, a realidade é outra.

Entre uma bebidinha e outra, os assuntos variaram desde papos sobre empregadas domésticas e suas incompetências, ou de como é importante ter faxieira duas vezes por semana, por que aí não precisa lavar a louça nunca, até a programação turística para as próximas férias: uns vão passar o feriado em "Punta", outros vão ali pro Nordeste mesmo, outros não tem férias, então vão perder a excurção familiar à Disney, e outros preferem Fernando de Noronha a Cancun.

Falando assim, até parece que eu nunca viajei, nunca fui nem ali na esquina, o que não é verdade. Conheço vários países várias vezes, não posso me queixar. O problema está em como as coisas são faladas.

Me senti no meio de uma reunião dessas de casais hipócritas que adoram pagar de bem-sucedidos e felizes, mas que no fundo são tristes e patéticos. Sei lá, vai ver estou exagerando.

Mas o fato é que, na minha atuação situação housecleanerfree, acordei deprimida no sábado, ao me deparar com o estado de calamidade que estava a minha casa.

Acabei deixando transparecer minha irritação, e o Fe prontamente já empunhou vassoura, rodo, pano-de-chão e fez uma bela faxina, daquelas de limpar vidro do box, atrás do sofá, essas coisas. Até minhas maquiagens ele organizou!

Mas aí já era tarde. Juro que é difícil eu ficar mal-humorada, mas às vezes me permito. Ainda mais por que é o que eu mais tolero nas pessoas, o mal-humor.

Uma série de acontecimentos subsequentes contribuíram para piorar. Discussões na mesa, coisa básica, mas que não tolero mais. E, mais tarde, a gota d'água: briguei com a minha mãe. Aí fod*u de vez.

Enfim, acho que é normal passar por fases assim, de mala ostia, como diriam os espanhóis. Mas essa está demorando a passar. E quando estou prestes sair das sombas (exagerada?) e dar uma trégua e sorrir de novo, lá vem outra vez alguém falar algo, ou fazer uma "cara", ou NÃO falar nada, o que é pior, que me puxa para o estado de insatisfação. É qualquer coisa que me faça lembrar o porquê de eu estar triste e chateada, de como é frustrante ver que tudo o que eu imaginei para a minha vida, saiu tão diferente. De como eu sinto falta de ser compreendida.

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