quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quero ser eu mesma

Nem sei quantas vezes eu entro em sites, blogs e arquivos da internet cada vez que vou ao cabeleireiro, procurando o melhor look, o mais bonito, que mais combina comigo e que me deixaria A CARA daquela atriz famosa de Hollywood. O problema é que, afinal, eu não sou atriz nem sou de Hollywood.

Mesmo assim, me sinto complelida a tentar entrar na moda capilar do momento, e procuro referências naquelas pessoas que nos trazem referências pra tantas outras coisas, como moda, beleza e até comportamento.

O que me fez pensar que, às vezes, deixo de ser um pouco eu pra ser o que esperem que eu seja. É meio confuso, mas é verdade. Não que eu seja uma tonta que só compra, usa, come e faz aquilo que mandam, mas confesso que já me peguei pensando se eu quero algo ou se me fizeram querer algo.

Pensando nisso, cheguei à conclusão que vou me impor certos limites pessoais. Um deles, vou me policiar e tentar não levar tão a ferro e à fogo o fato de que, sendo eu mesma, tenho algumas limitações que me impedem de ter/fazer algo. E tenho que me aceitar sem esse algo, e ser feliz mesmo assim.

Alguns exemplos, não poder ter A maquiagem super ultra mega bláster que "preenche as depressões da pele" e faz parecer que você tem uma bunda de neném no lugar do rosto de alguém de 28 anos, ou não poder ser loura porque os mesmos 28 anos já te celebram com ralos fios brancos no cabelo que te deixam parecendo a Mortícia, ou não poder comprar AQUELA roupa alta costura da estilista super badalada que na última coleção re-lançou a bandana amarrada na cabeça como última moda.

Aliás, essa é uma outra questão, a das tendências de moda. Bem que eu me esforço, bem que eu tento ser compreensiva e lembrar do discurso moral que a Miranda deu em cima da Andrea, em O Diabo Veste Prada, de que meia dúzia de pessoas em uma saleta escolhem a cada temporada o que reles mortais como eu vão usar dali a 4 anos, na forma tosca e reproduzida que são as roupas das lojas populares de Departamento.

Mas depois da terrível volta das clogs (argh) compreendi que não é uma questão de ser bonito/feio, é apenas uma questão de poder. Tipo, se a Chanel disse, tá dito, e fim. "Usaê um tamanco horroroso com meia soquete e saia florida que você vai arrasar, bee". E a calça branca? AI DE MIM se saisse por aí de calça branca 5 anos atrás. E hj...bom, hj seria ainda pior, dado meu corpitcho. Mas se tivesse o shape de 2005 hj, seria sucesso!

Eu reclamo mas adooooro um consumismo inconsciente e desnecessário!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A por ellos!

Sonhos a gente não mede, né? É o tipo da coisa que a gente exagera mesmo, por que afinal de contas....bom, é SONHO, não realidade. E quando certos anseios secretos de fato acontecem?

Eu tenho cá algumas coisas que eu desejo secretamente, coisas íntimas e pessoais que todo mundo tem. Mas um dos meus sonhos públicos é voltar a viver na Espanha. Tá, eu sei, nem é tão impossível assim, pelo contrário, eu mais que zilhões de outras pessoas tenho essa possibilidade mais próxima por ter a nacionalidade e tal. Mas convenhamos que é difícil largar uma vida no Brasil para arriscar sem seguranças um futuro do outro lado do oceano, sem os melhores amigos e etc.

Desde que decidi que vou, de uma vez, voltar a Madri, as portas parece que começam a se mostrar abertas. Nada ainda está concreto, mas o viés de uma oportunidade de trabalho se fez surgir, e com ele minha esperança de, ainda este ano, fazer as malas e zarpar para a terra da paella.

Digo isso porque, na minha profissão, os famosos "papeles" de pouco importam lá, o que vale mesmo é o idioma escrito e falado, que tem que ser perfeito em todos os sentidos, já que o foco do meu trabalho é a comunicação. Sendo assim, trabalho para a espano-brasileira aqui só em produção ou em lugares que precisem de ...BRASILEIROS! Ou seja, se não for assim, morar na Espanha só como correspondente para algum veículo canarinho, que muito ganharia em ter uma correspondente na Europa.

Diferente do maridão, que tem uma profissão "informática em PHP", minha situação fica mais restrita, por isso estou torcendo com todo o coração para essa vaga vingar.

Enfim, como eu ia dizendo lá em cima, sonhos são algo incontrolável, algo que vai crescendo e quando você vê já chegou num ponto tal que você se imagina procurando no Google Maps a linha de metro mais próxima da empresa em questão, o trajeto que você faria se morasse em tal lugar, e o tipo de colegas que teria na empresa.

Mas algo é certo e pontual, se não for agora, em abril o MAIS TARDAR aterrizo em Barajas com apenas uma missão: abrir espaço para sonhar uma nova aventura.