quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Segurando a onda

Já sabia o que me aguardava. Sabia que o tranco ia ser duro, pesado e doloroso. Mas mesmo assim, posso reclamar?

Acostumar com a convivência familiar depois de quase 3 anos morando sozinha não está sendo bolinho. Me preparei para este momento, mas lógico, sempre acontecem as pequenas coisas que nos fazem surtar. Será que é só comigo? Enfim, o último evento eu posso dizer que foi causado por causa de um rolinho primavera.

Pra resumir, a verdade é que eu sempre acabo com remorso da pessoa com quem eu briguei e/ou discuti. Mas desta vez, não me sinto culpada. Só que aí o que fazer quando as pessoas envolvidas são melindrosas, orgulhosas e não dão o braço a torcer? Já me peguei zilhões de vezes reconhecendo meu erro, me desculpando por ter exagerado na dose, ou mesmo por ter feito algo que na hora não achei que fosse magoar. Só que, com os demais, isso nunca acontece. Posso contar nos dedos de uma mão as vezes que escutei pedidos de desculpas, e ainda menos as vezes em que esse pedido veio acompanhado de um abraço carinhoso. Aliás, só o abraço já me bastaria. Às vezes acho que só preciso de mais compreensão.

Enfim, os problemas continuam, bombas seguem caindo bem em cima da minha cabeça, e quanto mias perto fica de eu resolver a minha vida menos feliz eu me sinto. Não gosto da sensação que tenho, de ter virado as costas para algumas pessoas importantes para mim, mas sinto que não tenho muita escolha, principalmente quando os interesses envolvidos não são dessas pessoas, senão de outras que sugam minha paciência.

Espero voltar em breve com menos mala óstia.

Feliz Ano Novo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quero ser eu mesma

Nem sei quantas vezes eu entro em sites, blogs e arquivos da internet cada vez que vou ao cabeleireiro, procurando o melhor look, o mais bonito, que mais combina comigo e que me deixaria A CARA daquela atriz famosa de Hollywood. O problema é que, afinal, eu não sou atriz nem sou de Hollywood.

Mesmo assim, me sinto complelida a tentar entrar na moda capilar do momento, e procuro referências naquelas pessoas que nos trazem referências pra tantas outras coisas, como moda, beleza e até comportamento.

O que me fez pensar que, às vezes, deixo de ser um pouco eu pra ser o que esperem que eu seja. É meio confuso, mas é verdade. Não que eu seja uma tonta que só compra, usa, come e faz aquilo que mandam, mas confesso que já me peguei pensando se eu quero algo ou se me fizeram querer algo.

Pensando nisso, cheguei à conclusão que vou me impor certos limites pessoais. Um deles, vou me policiar e tentar não levar tão a ferro e à fogo o fato de que, sendo eu mesma, tenho algumas limitações que me impedem de ter/fazer algo. E tenho que me aceitar sem esse algo, e ser feliz mesmo assim.

Alguns exemplos, não poder ter A maquiagem super ultra mega bláster que "preenche as depressões da pele" e faz parecer que você tem uma bunda de neném no lugar do rosto de alguém de 28 anos, ou não poder ser loura porque os mesmos 28 anos já te celebram com ralos fios brancos no cabelo que te deixam parecendo a Mortícia, ou não poder comprar AQUELA roupa alta costura da estilista super badalada que na última coleção re-lançou a bandana amarrada na cabeça como última moda.

Aliás, essa é uma outra questão, a das tendências de moda. Bem que eu me esforço, bem que eu tento ser compreensiva e lembrar do discurso moral que a Miranda deu em cima da Andrea, em O Diabo Veste Prada, de que meia dúzia de pessoas em uma saleta escolhem a cada temporada o que reles mortais como eu vão usar dali a 4 anos, na forma tosca e reproduzida que são as roupas das lojas populares de Departamento.

Mas depois da terrível volta das clogs (argh) compreendi que não é uma questão de ser bonito/feio, é apenas uma questão de poder. Tipo, se a Chanel disse, tá dito, e fim. "Usaê um tamanco horroroso com meia soquete e saia florida que você vai arrasar, bee". E a calça branca? AI DE MIM se saisse por aí de calça branca 5 anos atrás. E hj...bom, hj seria ainda pior, dado meu corpitcho. Mas se tivesse o shape de 2005 hj, seria sucesso!

Eu reclamo mas adooooro um consumismo inconsciente e desnecessário!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A por ellos!

Sonhos a gente não mede, né? É o tipo da coisa que a gente exagera mesmo, por que afinal de contas....bom, é SONHO, não realidade. E quando certos anseios secretos de fato acontecem?

Eu tenho cá algumas coisas que eu desejo secretamente, coisas íntimas e pessoais que todo mundo tem. Mas um dos meus sonhos públicos é voltar a viver na Espanha. Tá, eu sei, nem é tão impossível assim, pelo contrário, eu mais que zilhões de outras pessoas tenho essa possibilidade mais próxima por ter a nacionalidade e tal. Mas convenhamos que é difícil largar uma vida no Brasil para arriscar sem seguranças um futuro do outro lado do oceano, sem os melhores amigos e etc.

Desde que decidi que vou, de uma vez, voltar a Madri, as portas parece que começam a se mostrar abertas. Nada ainda está concreto, mas o viés de uma oportunidade de trabalho se fez surgir, e com ele minha esperança de, ainda este ano, fazer as malas e zarpar para a terra da paella.

Digo isso porque, na minha profissão, os famosos "papeles" de pouco importam lá, o que vale mesmo é o idioma escrito e falado, que tem que ser perfeito em todos os sentidos, já que o foco do meu trabalho é a comunicação. Sendo assim, trabalho para a espano-brasileira aqui só em produção ou em lugares que precisem de ...BRASILEIROS! Ou seja, se não for assim, morar na Espanha só como correspondente para algum veículo canarinho, que muito ganharia em ter uma correspondente na Europa.

Diferente do maridão, que tem uma profissão "informática em PHP", minha situação fica mais restrita, por isso estou torcendo com todo o coração para essa vaga vingar.

Enfim, como eu ia dizendo lá em cima, sonhos são algo incontrolável, algo que vai crescendo e quando você vê já chegou num ponto tal que você se imagina procurando no Google Maps a linha de metro mais próxima da empresa em questão, o trajeto que você faria se morasse em tal lugar, e o tipo de colegas que teria na empresa.

Mas algo é certo e pontual, se não for agora, em abril o MAIS TARDAR aterrizo em Barajas com apenas uma missão: abrir espaço para sonhar uma nova aventura.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mal-humor, TPM ou só chatice mesmo?

Esses dias eu tô que tô. Tô pra ficar longe de tudo, isolada do mundo.

Tudo começou na sexta-feira. Fomos eu e o Fernando visitar um casal de amigos que recentemente se mudou para a nova casa, toda reformada, linda e maravilhosa.

O apartamento ficou incrível, super bonitinho, todo mobiliado fofo, com a cara deles, e com coisas super hight-tech, adega climatizadora de vinhos, taças herdadas da avó judia lá da Jordânia, o máximo!

O encontro com a turma das antigas foi legal! O papo não é exatamente aquele que mais combina comigo, mas sempre me divirto com eles. Só que, de fato, a realidade é outra.

Entre uma bebidinha e outra, os assuntos variaram desde papos sobre empregadas domésticas e suas incompetências, ou de como é importante ter faxieira duas vezes por semana, por que aí não precisa lavar a louça nunca, até a programação turística para as próximas férias: uns vão passar o feriado em "Punta", outros vão ali pro Nordeste mesmo, outros não tem férias, então vão perder a excurção familiar à Disney, e outros preferem Fernando de Noronha a Cancun.

Falando assim, até parece que eu nunca viajei, nunca fui nem ali na esquina, o que não é verdade. Conheço vários países várias vezes, não posso me queixar. O problema está em como as coisas são faladas.

Me senti no meio de uma reunião dessas de casais hipócritas que adoram pagar de bem-sucedidos e felizes, mas que no fundo são tristes e patéticos. Sei lá, vai ver estou exagerando.

Mas o fato é que, na minha atuação situação housecleanerfree, acordei deprimida no sábado, ao me deparar com o estado de calamidade que estava a minha casa.

Acabei deixando transparecer minha irritação, e o Fe prontamente já empunhou vassoura, rodo, pano-de-chão e fez uma bela faxina, daquelas de limpar vidro do box, atrás do sofá, essas coisas. Até minhas maquiagens ele organizou!

Mas aí já era tarde. Juro que é difícil eu ficar mal-humorada, mas às vezes me permito. Ainda mais por que é o que eu mais tolero nas pessoas, o mal-humor.

Uma série de acontecimentos subsequentes contribuíram para piorar. Discussões na mesa, coisa básica, mas que não tolero mais. E, mais tarde, a gota d'água: briguei com a minha mãe. Aí fod*u de vez.

Enfim, acho que é normal passar por fases assim, de mala ostia, como diriam os espanhóis. Mas essa está demorando a passar. E quando estou prestes sair das sombas (exagerada?) e dar uma trégua e sorrir de novo, lá vem outra vez alguém falar algo, ou fazer uma "cara", ou NÃO falar nada, o que é pior, que me puxa para o estado de insatisfação. É qualquer coisa que me faça lembrar o porquê de eu estar triste e chateada, de como é frustrante ver que tudo o que eu imaginei para a minha vida, saiu tão diferente. De como eu sinto falta de ser compreendida.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Projeto pessoal

Um dos motivos de criar este blog foi para escrever sobre minhas próprias impressões de coisas que eu gosto, mas que não são minha especialidade.

Moda é uma dessas coisas. Sempre gostei (quem não gosta?) e adoro visitar sites e blogs que me guiem no processo do saber vestir. Mesmo assim, tenho uma dificuldade enorme em colocar na prática tudo o que eu vejo no mundo virtual e nas revistas diversas que compro sempre.

Aí descobri que existe uma profissão de gente que vai até a sua casa, “organiza” seu armário em categorias junto com você, faz uma pesquisa detalhada da sua vida, que inclui desde o tipo de música que você gosta até seus looks preferidos, passando por análise do seu corpo, medidas, cores, etc.

Nem preciso falar que virou meu sonho de consumo, né? Sim, consumo por que imaginem o “depois”? Depois que eu aprender a usar minhas proporções a meu favor, depois que eu souber o que eu “posso” e o que eu “não posso” usar (pq nada é imposto, a gente usa o que quiser). Aí é que vai entrar a parte do consumo...

Como esse tipo de serviço está totalmente por fora da minha realidade monetária, e por mais que me doa não poder contratá-lo neste momento, decidi fazer algo parecido por minha conta.

Então hoje eu entrei em zilhões de blogs, e comecei a anotar tudo na minha moleskine os looks que eu mais gosto. Sim, é isso mesmo, escrever os looks. Tudo o que eu gosto, vou lá e faço uma anotação. Por exemplo. Calça jeans + camisa larga de seda + sandália de dedo rasteira + cinto fino com detalhe no fecho + coque no cabelo. E por aí vai.

Ainda estou no começo deste meu processo, e depois pretendo passar tudo para o blog, mas por enquanto estou separando no moleskie tudo por categorias, que incluem calça alfaiataria, saia preta, jaqueta militar, e por aí vai.

Outro recurso que descobri ser muito útil é listar as cores que combinam. Então vejo uma roupa que eu gosto e lá vou eu anotar as cores, pra saber na hora de vestir os tons que conversam entre si.

A idéia é consultar este arquivo sempre que me der tilti na hora de me arrumar, e evitar repetir sempre a mesma combinação, buscando sempre uma maior variedade de visuais.

Abaixo, foto roubada do blog http://amygasphynas.blogspot.com que serviu de inspiração para meu projeto pessoal.

 Quero ser neutra e clean assim!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Uma receita para a insanidade

Não, sério, qual é a das pessoas com seus empregos?

Hoje eu escutei a gota d'água no mundo do abusrdo. Trabalho num lugar que é praticamente uma empresa familiar, pequena, com cerca de 40 funcionários. Apesar de ter um chefe meio instável (o que pra algumas pessoas pode ser um problema, já que às vezes ele se altera e dá seus pitis), que é o dono do lugar, a empresa é super correta: nunca atrasou 1 dia o salário de ninguém, nem o meu - e olha que eu trabalho aqui há 3 anos - dificilmente demite alguém, e se demite é porque a pessoa sapateou em cima mesmo, e gosta de contratar seus funcionários com base na indicação, não importa se é parente, amigo, vizinho.

Ou seja, é um lugar legal de se trabalhar, onde todo mundo é amigo, e o chefe paga um final de semana na praia pra todos os funcionários com suas famílias no fim do ano pra comemorar o Natal.

Bom, aí que abriu uma vaga para estagiário, numa área que não é assim, digamos, uma Brastemp, mas que pô! É melhor do que trabalhar como balconista de farmácia, né?

Uma das meninas que trabalha aqui tem uma amiga quase que irmã que começou agora a fazer faculdade de Assitência Social. Aí eu lembrei na hora da tal amiga e falei: Indica ela pra vaga! Aí sabe qual foi a resposta? "Imagina que ela vai pedir demissão do trabalho dela pra ser estagiária aqui!".

Sério, só eu acho isso um abusrdo sem tamanho? A mina é BALCONISTA DE FARMÁCIA. Nada contra os balconistas e sua categoria, mas não é melhor investir em um emprego num escritório, onde você pode progredir e talvez crescer e fazer carreira do que continuar balconista, como já é há 5 anos, e talvez virar, hum, caixa?

Não sei, se pá to ficando muito reacionária, mas as pessoas são demais de acomodadas! Elas passam de tentar algo melhor por que já se acostumaram a ficar onde estão e criam raízes eternas em sub-empregos por mera PREGUIÇA de pensar que podem vislumbrar algo melhor.

E aposto que esse é o mesmo tipo de gente do outro post, lembram? Que mete o pau nos polítivos, no governo, na "situação" atual e elege o Tiririca e a Mara Maravilha deputados federais.

Caso ou compro uma bicicleta?

Tá, tudo bem que eu já sou casada, e estou bem feliz assim (depois de dois anos de muito ajuste e muita conversa, que só fizeram me deixar ainda mais feliz!), mas ultimamente tenho visto que casar ou não casar ou ficar casado ou ficar solteiro é um dilema constante na vida das pessoas.

Acho que desde sempre gostei de namorar. Gosto porque sou mais, digamos, apegada a uma pessoa do que a várias, não indepentemente da pessoa, como pode parcer, ou só pra ter um "acessório" pendurado do meu lado, mas por que faço mais o tipo namorada do que o tipo solta-na-balada-pegando-todo-mundo.

Aliás, isso sempre meio que me prejudicou. Enquanto eu era assim, queria um namorado sério, alguém pra ligar e que me ligasse, alguém pra sair aos finais de semana e pra manter um relacionamento a longo prazo, só me apareciam aqueles que não queriam nada sério. Impressionante como isso se tornou um padrão, viu!

Aí, de repente, passados alguns anos na casa dos 20, eis que mesmo aqueles que vinham com o papo de "não quero namorar porque preciso da minha liberdade" mudaram de discurso e adotaram a política do "estou ficando velho e preciso assentar", seja lá o que isso quer dizer. E aí, BOOM, todo mundo arranjou namorada e...assentou.

Mas parece que tem uma hora, que não sei bem se tem a ver com idade ou com tempo de relacionamento, que as pessoas vão se questionando se não foram precipitadas, se não agiram mais por aceitação do grupo todo, que namorava, e se estar casado é o que elas querem.

Por mais atrativo que pareça sair todos os dias, encher a cara e conhecer pessoas e até potenciais affairs novos, não me vejo hoje em dia vivenciando essa realidade.

Tem até quem diga que estar casado é ainda pior e mais cansativo, que é o cúmulo da acomodação e que assim é mais fácil, mas não concordo, acho mesmo que é uma questão de estilo de vida.

Meu querido eleito costuma dizer que já esgotou todas as formas de badalar e aprontar e putanhar (apesar de grosseiro, é fato) e que por ter passado por tudo isso muito intensamente já não vê mais graça nesse tipo de vida. Eu acho isso lindo, mas lógico, não perco a pulga atrás da orelha que fica falando que um dia ele vai acordar e se perguntar se isso é o que ele realmete quer.

Até lá, tenho que controlar minha paranóia de que isso é um risco iminente e tentar não ser tão obcecada com meus traumas de rejeição. Que aliás, ficaram muito mais claros desde que percebi com a ajuda de uma amiga que estão TOTALMENTE relacionados a um fato isolado de um passado tão longíncuo que já nem faz mais sentido.